sábado, 12 de setembro de 2009

Depressão... - Por Renner Moreira

Depressão será a doença mais comum do mundo em 2030, diz OMS

"Dados divulgados nesta quarta-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, nos próximos 20 anos, a depressão deve se tornar a doença mais comum do mundo, afetando mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde, incluindo câncer e doenças cardíacas.”
Reportagem completa: http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2009/09/02/depressao+sera+a+doenca+mais+comum+do+mundo+em+2030+diz+oms+8225955.html

Depois de um bom tempo, por falta de tempo por razões pessoais mesmo, vamos abordar mais um assunto atual de contexto bem interessante.

Nos poucos momentos que tenho tido para ler notícias gerais, me deparei com a reportagem acima citada, aonde confesso, pude enxergar com muita naturalidade esse contexto nos dias de hoje e, em sintonia com a leitura, me fez imaginar todo o contexto em que se desenvolveria a “previsão” da OMS.

Não precisa ir tão longe para se chegar a uma conclusão a meu ver óbvia, de que estamos globalmente a caminho desse cenário de maiores proporções.

Apesar do ponto central de abordagem sobre o assunto depressão no mundo atual, a reportagem em si ficou restrita ao aspecto financeiro, o que na minha visão esse crescimento vem se elevando de forma continua e mais perplexa em outros contextos do que financeiro necessariamente.

Desde os primórdios temos procurado a melhor “evolução” do que é viver em comunidade, buscando sempre o bem estar da maioria (pois é aceito o fato de que cada ser é diferente, ai entraríamos na questão de elaboração de leis para manter uma hegemonia comportamental, mas nem vou entrar muito nesse campo, pois não é meu reflexo atual no momento), e nesse pensamento de elaboração de uma comunidade de “perfeita sintonia” é que se foram criados “imagens” do que seria uma “pessoa perfeita”, aceita por todas as tribos.

Dentro desse quesito, a primeira pergunta que nos fazemos é... O que é preciso para ser feliz?

Claro que, dentro de um contexto criado através de toda a existência do homem, como um ser animal como qualquer outro, o poder traz a felicidade, dentro desse aspecto, dividiríamos isso em “subitens” do poder: dinheiro, vaidade, cobiça, seguindo pelos 7 pecados capitais...

O que se vê dentro desse contexto a meu ver, é uma dissimulação de valores reais da vida, quantas vezes nos deparamos com decepções dentro de nossas vidas geradas na busca de um ser na conquista desses poderes?

Vemos nos tempos atuais uma desvalorização sim, mas na minha visão muito mais de valores de vida, dia-dia, relacionamento de pessoas, quantas vezes nos deparamos com notícias sobre a guerra psicológica regional? Criam se um modismo regional, criam se um modismo no modo comportamental, físico, aonde quem esta fora desse padrão, logo fica restrito a um pequeno grupo de convívio.

Somos seres que temos como nossa principal necessidade, o convívio em comunidade, não existe um contexto em que conseguimos conviver sozinhos, em algum lugar, em algum momento sempre há uma ligação nossa com outrem, sempre temos a necessidade de nos sentirmos aceitos como somos, de não sermos excluídos pela forma como decidimos nossas vidas e como pensamos em relação a outrem, a aceitação de que cada ser é único, constituído de forma própria de pensamento, nossa naturalidade é pensar, compartilhar e multiplicar valores e o que vemos nos dias atuais e que, de acordo com a reportagem que diz até 2030 ser a depressão a doença mais “pop” no mundo não me assombra.

Muito mais que o fator financeiro (a não ser por países num contexto de miséria de submundo), em minha reflexão, creio que cada homem deveria constituir um pensamento mais amplo sobre sua existência, precisamos descobrir urgentemente quem somos, não falo especificamente de crenças religiosas ou filosóficas, eu falo mesmo de uma descoberta como comunidade.

Eu mesmo por muitos momentos tenho meus sintomas de depressão, até porque às vezes sinto que o mundo em geral esta tomando um caminho que retrocede sua evolução existencial, a reflexão nesse contexto não muda um mundo somente no campo financeiro, mas num contexto existencial.

Mas enfim, enquanto reflito isso, imagino também que a maioria dos seres estão por ai, na corrida desorientada pela busca de contextos que elas imaginem que vão trazer satisfação existencial, não sabendo elas que já podem ser vitimas atuais da doença que a meu ver já nos dias de hoje é muito mais comum do que imaginamos.

Fica a reflexão de todos ao lerem esse texto, hoje, amanhã ou em anos, como diz a fraseologia “quer um mundo diferente, comece mudando a si mesmo!”, o capitalismo fora do controle é apenas um dos itens que antecedem uma comunidade depressiva, que nós procuremos fazer a nossa parte individualmente e que isso se perpetue como ar, enquanto há vida, há esperança.

Para terminar, o fica o vídeo mais interessante visto por mim durante essa semana, grande abraço a todos que passarem por aqui.

http://www.youtube.com/watch?v=EjpSa7umAd8